🧗🏼 Escaladores #29

A queda de um Império - Parte I

Opa, como vai? Essa é a 29ª edição da Escaladores, uma newsletter que vai mostrar a você, o caminho e plano a percorrer na sua Carreira dentro do Planejamento Financeiro, Análise de Dados e Estratégia, a partir da minha visão, um profissional que já passou por onde você está pisando hoje.

Quando aconteceu a queda do Império Romano?

Uma das grandes perguntas que existe em relação a um fato, é sempre transformar a pergunta em temporal, ou seja, “Quando aconteceu a queda do Império Romano?”

Porém, o mais interessante em relação a essa pergunta é que a situação exata de quando ocorreu, ela não pode ser exatamente explicada, mas fato é que existem indícios de quando ocorreu.

E são os indícios que são os detalhes mais importantes que muitas vezes passam despercebidos. No antigo Império Romano do Ocidente, muitos historiadores dizem que a queda do Império Romano começou por volta do ano de 180 D.C. que foi quando o antigo Imperador Marco Aurélio (121 a 180 D.C.) passou a condução do Império Romano para seu filho, Commodus.

Esse evento marcou uma transição diferente e comum da que vinha acontecendo no Império Romano, pois sempre a transição de poder acontecia para os melhores independente de suas raízes familiares.

Fato é que com a transição de poder de Marco Aurélio para seu filho, uma mensagem foi expressa de maneira subliminar ao Império Romano, que fez com que ali, naquele momento da história, muitos estudiosos e historiadores concluíssem que foi o princípio do declínio do Império Romano que teve sua conclusão no ano de 476 D.C.

Ou seja, o fato gerador da queda aconteceu quase 300 anos antes, porém os indícios foram ignorados...

Poderia ter sido feito algo? Sim! Porém, se notar o que aconteceu ano após ano no Império Romano após esse evento, poderá notar a decadência de organização, disciplina e união do Império.

“Por que está falando sobre isso Douglas?”

Muito simples! Quando gerimos uma empresa, é possível ver os sinais de queda ou de alerta de uma empresa muito tempo antes, porém eles são ignorados por algumas razões, porém as 2 principais razões, eu vou compartilhar abaixo:

  1. Falta de conhecimento em como medir um evento de gestão em um negócio; ou

  2. Ter indicadores de gestão, mas não saber interpretá-los.

Se você tem alguma dessas situações acima, aqui faço um parêntesis para você, pois se quiser aprender de maneira objetiva e através de um laboratório de FP&A em menos de 8 horas, chame-nos através desse link: wa.me/5511989856075 e envie a palavra “INDICADORES”.

Bom, assumindo o que vejo no dia a dia quando converso com empreendedores, consigo entender que o grande problema está em compreender e interpretar os indicadores, pois muitas empresas tem os indicadores ou por vezes é auxiliada pela sua área financeira ou seu contador de confiança.

Por conta disso, vou compartilhar 5 indicadores que estão relacionados ao fato de começar a identificar uma potencial queda do império da sua empresa:

Liquidez Corrente

É o indicador que tem por objetivo trazer uma visão da liquidez da sua empresa no curto prazo de um Balanço Patrimonial. Nesse caso, quando falamos de curto prazo, leia-se 1 ano!

Esse indicador irá medir a capacidade que a sua empresa terá de honrar ou quitar as obrigações e dívidas nos próximos 365 dias, olhando aquela foto do Balanço Patrimonial que está visualizando no momento.

Por isso que é importante implementar uma governança de revisão de indicadores de maneira frequente, pois se sua empresa mede um índice como esse, porém o mesmo só é revisitado a cada 3 meses, eu preciso te dizer uma verdade: Não vai funcionar!

O que não é medido de maneira temporal, não é visto! Pois 3 meses para medir esse indicador é muito tempo, pois 3 meses podem ser extremamente dinâmicos para uma empresa.

Bom e falando em indicador, esse indicador tem a fórmula definida como: Ativo Circulante / Passivo Circulante.

O resultado ideal dessa equação seria acima de 1. Ou seja, a empresa tem capacidade de utilizar seus recursos do Ativo de até 365 dias para pagar suas obrigações de até 365 dias.

Indicadores abaixo de 1 precisam ir para o próximo nível de análise que ficará para uma próxima oportunidade ou Newsletter.

Relação EBITDA / Despesas Financeiras

Como vocês devem saber, pois eu sempre repito nas minhas publicações é que EBITDA não é Fluxo de Caixa. O EBITDA, portanto, é um indicador que ajuda na mensuração do Resultado Operacional de um negócio antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.

A partir do resultado do EBITDA entendemos que grande parte desse resultado encontrado pode se transformar em caixa de uma maneira mais rápida, porém lembre-se que nesse resultado, você poderá ter provisões e ajustes contábeis não conversíveis a caixa no curto prazo (por isso reforço que EBITDA não é caixa).

Com o EBITDA definido, vamos mensurar as despesas financeiras, pois atualmente as empresas no geral estão altamente alavancadas e tem um de seus principais pontos de dores, as despesas financeiras machucando o fluxo de caixa da companhia.

Quando dividimos o EBITDA pelas Despesas Financeiras compreendemos quantas vezes a empresa tem a capacidade de pagar as despesas financeiras que ela tem. Isso significa dizer que um indicador abaixo de 1 é extremamente preocupante, pois significa dizer que o resultado operacional da empresa não é capaz de pagar as Despesas Financeiras da companhia.

E isso é preocupante, ou melhor é um grande alerta vermelho para gestão do caixa e do negócio.

Bom caros leitores, essa Newsletter continua na semana que vem... Te vejo lá!