Opa, como vai? Essa é a 6ª edição da Escaladores, uma newsletter que vai mostrar a você, o caminho e plano a percorrer na sua Carreira dentro do Planejamento Financeiro, Análise de Dados e Estratégia, a partir da minha visão, um profissional que já passou por onde você está pisando hoje.

Foque no que pode controlar!

Uma das lições de Gerenciamento e Planejamento Financeiro mais importantes que aprendi ao longo da minha carreira e que serviu e muito para mim é: preocupe-se com o que pode controlar!

Essa frase é facilmente aplicada no gerenciamento de todo negócio, principalmente quando falamos de Custos!

Apesar da linha de custos não ser a primeira linha do Demonstrativo de Resultado, como comentamos nas últimas newsletters, ela é a linha mais importante, onde costumo dizer que depende muito mais da empresa do que agentes externos.

O paralelo pode ser facilmente feito quando falamos de finanças pessoais, pois o que é mais fácil resolver: aumentar seus rendimentos ou reavaliar seus custos e tomar ação sobre eles?

Com certeza é muito mais fácil e eficiente cuidar e gerenciar do seu custo do que seus rendimentos.

Além disso, você pode tomar a decisão onde cortar os custos, enquanto nos rendimentos, você depende de um terceiro para conseguir aumentá-los.

Voltando para a realidade empresarial, hoje nos aprofundaremos sobre a linha de Custos, pois a partir da Newsletter de hoje, poderá tomar decisões hoje mesmo.

A palavra custos pode ser definida como os gastos associados à produção de bens ou à prestação de serviços e dependendo do tipo de negócio, podemos ter itens associados ao custo da mercadoria ou serviço que nem imaginamos.

Vamos ver alguns exemplos de operações nacionais de alguns setores:

Imagine que no setor de Bancos podemos encontrar os Depósitos, Despesas de Captação no Mercado Aberto, Recursos de Mercados Interbancários e Recursos de Mercados Institucionais como um dos exemplos de custos que são deduzidos da Receita do Banco. O setor bancário tem um demonstrativo de resultado um pouco diferente dos demais setores, por isso que a linha de Custos é geralmente denominada de Despesas com juros e similares.

Já no Varejo a área de Compras é muito estratégica, pois deve garantir uma negociação extremamente competitiva para agregar valor ao negócio, já que o Custo da Mercadoria Vendida é composta pelo produto final adquirido de seu fornecedor.

No setor de Transmissão de Energia , temos o custo de pessoal, serviços de terceiros e custos de materiais como grandes itens que fazem parte do Custo dos serviços de implementação, operação e manutenção.

O mercado de Energia encontramos o custo de compra de energia, encargos de uso, transmissão e conexão da rede elétrica, taxas de fiscalização da ANEEL, entre outros.

Quando começamos a entrar no setor Agro, existem alguns subsetores que tem a matéria-prima, custo com pessoal, locações, serviços de terceiros, depreciação, entre outros.

No setor de Combustíveis temos matéria-prima (combustíveis), custos de coletas, fretes, depreciação, despesa com pessoal e custo com pessoal como os itens que fazem parte do Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados.

No setor de Proteína Animal o custo dos produtos vendidos é composto por custo de matéria-prima, insumos, custo com pessoal e depreciação.

Como podem observar, existe uma dinâmica e diversidade bem grande quando comparamos e definimos os custos de produtos e serviços vendidos.

Por isso que a área de Planejamento Financeiro é uma área chave para detalhar e compreender a dinâmica de impactos internos dentro do custo dos produtos e serviços vendidos. E de antemão, posso garantir que uma área que o profissional de Planejamento Financeiro tem que estar sempre conectado é a área de Compras, pois ter um custo competitivo significa comprar e negociar muito bem para que além de ter um custo competitivo, consiga agregar valor ao negócio.

Antes de prosseguirmos, não poderia deixar de trazer a visão de empresas importadoras de produtos, pois além das mercadorias importadas, temos o imposto de importação, o frete internacional, custo de armazenagem, custos logísticos entre outros.

Aparentemente, empresas importadoras parecem ser mais simples em sua dinâmica, porém os custos agregados ao produto, demandam uma capacidade de criatividade e inovação grande de maneira que após a absorção desses custos, o produto possa ser competitivo de maneira que consiga agregar valor ao negócio. Não à toa, que existe o ditado do “Custo Brasil”, onde muitas vezes o custo do produto, chega as prateleiras com um preço de 2 ou 3 vezes o custo do produto.

Apresentado esse cenário diverso e desafiador, o profissional de Planejamento Financeiro consegue mapear, conectar e gerar alternativas para esse cenário desafiador, onde no final do dia é necessário atingir um custo competitivo, com qualidade e que atenda as necessidades do cliente.

Mais abaixo detalharei uma cadeia de setores que tem conexão entre seus produtos finais e a seguir, como o profissional de FP&A consegue mapear e gerenciar o direcionamento de custo desses setores.

Uma empresa que produz MILHO: Compra sementes, espaço para plantação, adubo, pessoas e água;

Uma empresa que cultiva AVES: Compra milho, espaço para produção, água e pessoas;

Uma GRANJA: Compra milho, espaço para produção, água e pessoas.

O profissional de Planejamento Financeiro

Como podem notar, o professional de FP&A precisa mapear o custo do metro quadrado para produção e estar atento a expectativa de oferta e demanda de imóveis e terrenos. Em todos os exemplos acima, o espaço faz parte do custo de produtos vendidos de seus itens.

Compreender o custo de mão-de-obra ajudará a entender a necessidade de pessoal e, consequentemente, o custo associado para produção dos produtos acima.

E um último exemplo, é mapear o custo da matéria-prima que muitas vezes negociar não é suficiente, pois o preço da matéria-prima pode ser uma commodity e ser pré-determinado pelo mercado através de Bolsa de Valores.

Além disso, alguns setores demandam um entendimento da geografia e meteorologia que impacta diretamente no custo do produto. Imagine como a seca pode encarecer a produção de produtos e como eventos climáticos podem prejudicar esse processo.

Trabalhar em FP&A não é apenas sobre números

Mas também sobre comunicar-se, compreender e conectar eventos que chegam a um direcionamento financeiro, com o intuito de influenciar decisões na direção de seus objetivos.

Essa newsletter foi apenas uma pequena ponta do iceberg em direção ao entendimento de Custos de uma empresa.

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