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🧗🏼 Escaladores #05
O mal do século 21

Opa, como vai? Essa é a 5ª edição da Escaladores, uma newsletter que vai mostrar a você, o caminho e plano a percorrer na sua Carreira dentro do Planejamento Financeiro, Análise de Dados e Estratégia, a partir da minha visão, um profissional que já passou por onde você está pisando hoje.
É preciso sobreviver para ter sucesso.
A vida não é feita apenas de decisões corretas, sucesso e acertos.
Diferente do que muitos acreditam, a jornada para chegar em uma posição de responsável pela área financeira de uma empresa multinacional, é repleta de muitos aprendizados, muitas decisões corretas e muitas decisões erradas também.
É preciso sobreviver para ter sucesso.
Nassim Taleb, um escritor que gosto muito, tem um conceito de que é preciso assumir riscos para progredir.
Mas nenhum risco que é capaz de leva-lo à falência vale a pena.
Nesse contexto, progredir significa evoluir e atingir seus objetivos de carreira, e falência no mercado corporativo significa ter as portas fechadas.
Uma sequência de decisões erradas.
Em um intervalo de tempo de 10 anos eu tomei 3 decisões ruins.
Essas 3 decisões poderiam ter me levado a falência do meu sonho se não tivesse conseguido ajustar a direção da rota.
O que me levou a tomar elas?
Vou te falar:
Caminhadas não são maratonas.
Em duas das três ocasiões, houve uma característica em comum que foi:
Acreditar que eu já havia passado e realizado tudo o que era possível naquela posição.
Hoje eu vejo que em um mundo dinâmico que estamos, é muita pretensão acreditar que estar em uma função durante 2 anos, já é tempo suficiente para fazer e passar por todas situações possíveis.
Eu acreditava que já tinha visto tudo e já estava preparado para um próximo desafio.
Coloquei na minha cabeça que precisa me movimentar.
Hoje, olhando para trás, eu vejo que a comparação perfeita seria dizer que depois que corri 5km, acreditei que já era capar de correr uma maratona de 42km.
Vejo, hoje, que essa é a razão principal de que muitos queimarem etapas.
Afinal, nunca vi tantas pessoas serem mentores sem ter ao menos liderado equipes diretamente, passado por crises ou situações adversas.
Como eu costumo dizer para minha equipe, “Marinheiro bom, navega em ondas grandes e não em pequenas marés”
Se eu tivesse ficado nessas empresas nessas 2 ocasiões, eu tenho um alto grau de certeza que teria me movimentado para outras oportunidades e talvez hoje estaria em céus mais altos.
Você tem 2 ouvidos e não é coincidência.
Nas três oportunidades, faltou alguém que eu pudesse compartilhar a situação, e que tivesse experiência para analisar e me guiar ou dar um contraponto a minha opinião.
Um mentor.
Para mim, aquelas eram verdades absolutas e nós sabemos que no começo de carreira, temos uma verdade absoluta do mundo.
Acreditamos que a nossa verdade é única e correta.
Por isso é sempre bom ter um mentor que navegou por ondas grandes, para poder avaliar em conjunto com você as melhores alternativas.
Não tenho dúvida que em uma ou das dessas três situações, eu teria mudado de opinião.
Mas essa reflexão não serve de lamentação, pelo contrário, serve de combustível para saber tomar melhores decisões e ajudar outros Douglas no início de carreira.
O mal do século 21.
Todos seres humanos tem crenças que foram desenvolvidas desde o nascimento até os seus 7 anos.
Essas crenças direcionam as tomadas de decisões e comportamentos ao longo da vida. Caso você não compreenda isso e decidir simplesmente ignorar seu passado e sua formação, passará a vida tomando decisões automáticas de acordo com as crenças desenvolvidas.
No meu caso, uma dessas crenças foi preponderante para estar sempre nessa busca incessante dos meus objetivos: A ansiedade ou como alguns dizem, o mal do 21.
A ansiedade me levou a:
Sempre querer buscar meus objetivos em uma velocidade muito rápida, e isso fez com que algumas vezes eu não aproveitasse a jornada ao longo da minha carreira;
Queimar etapas no meu desenvolvimento profissional;
Não conseguir aproveitar oportunidades no meu caminho.
Essas 3 razões principais me levaram a um risco de talvez não sobreviver e não alcançar meus objetivos profissionais.
O risco de fracassar.
Sinal amarelo.
No meio dessa jornada, eu consegui parar, repensar e traçar uma nova rota em direção aos meus objetivos.
Parada para reflexão não é apenas opcional.
É obrigatória para sua saúde mental.
Durante essa parada, eu construi um mapa mental que me ajudou a reconduzir meus próximos passos aos meus objetivos profissionais.
Ferramenta para repensar.

Esses são quatro quadrantes que acredito serem importantes para repensar e direcionar o porque você busca, como você busca e o que você busca:
1. Valores
Antes de tudo, vem os valores.
É necessário detalhar quais são os principais valores importantes para você, pois dessa maneira qualquer oportunidade que você tenha ao longo da sua carreira, você possa avaliar se as pessoas com quem você vai trabalhar (em especial seu gestor) tenham os mesmos valores.
E para reforçar o que estou dizendo, vou compartilhar uma parte de uma entrevista de um importante CFO e que acredito plenamente:
"É mais importante ver com quem você vai trabalhar do que onde você vai trabalhar. Você precisa se certificar de que está rodeado de pessoas que te inspiram, que possuem valores com quem você se identifica e que vão te ajudar a crescer."
2. Fortalezas
Descreva os seus pontos fortes, suas fortalezas que te ajudam a entregar um trabalho extraordinário, pois serão exatamente suas fortalezas que farão diferença nos seus futuros desafios.
Quando você encontrar desafios que necessitam exatamente dessas fortalezas, dificilmente terá um problema de motivação ou sentir falta de ser desafiado.
3. Áreas de interesse
Defina quais são as áreas de interesse que gostaria de trabalhar dentro da sua área de atuação.
É importante ter claro no que gostaria de trabalhar ou quais áreas ou departamentos gostaria de desenvolver sua carreira.
4. Sinal de Proibido
Detalhe todos os itens que são proibidos para você em relação a sua essência, no que diz respeito a valores, mercados que você não trabalharia, condições que você não aceitaria.
Em resumo, detalhe o que você não quer, pois mais importante do que quer, é saber o que você não quer.
Depois desse exercício e muita reflexão, consegui reconduzir minha carreira em relação aos meus objetivos e com isso, acreditem, a vida ficou mais leve.
A jornada ficou mais prazerosa.
A ansiedade, agora, é algo que está muito mais sob controle e quando ela deseja dar as caras, eu revejo meu mapa mental para reforçar minha base novamente.
Como eu já reforcei algumas vezes, muitas dessas descobertas e desenvolvimentos foram descobertos comigo mesmo, porém, isso me tomou tempo e decisões erradas.
Agora, eu não vivo mais sem um mentor.
Agora, as decisões são mais corretas.
Agora, as decisões são mais rápidas.
Se você quiser a minha ajuda para montar um plano prático para sua carreira, nós podemos fazer isso juntos, em uma Sessão Gratuita de 30min.
Até semana que vem,
Douglas Lima5