Plano de Carreira: Para quem foi feito?

Opa! Como vai? Essa é a 1ª edição dos Escaladores, uma newsletter que vai mostrar a você, o caminho e plano a percorrer na sua Carreira dentro do Planejamento Financeiro, Análise de Dados e Estratégia, a partir da minha visão, um profissional que já passou por onde você está pisando hoje.

Hoje, nós vamos falar sobre um tema que é uma grande reclamação das pessoas,.

Porém a razão dessa reclamação, é que elas não sabem a real importância de largar esse processo para as empresas: o seu plano pessoal de carreira.

Eu acreditei no plano de carreira.

Plano de carreira sempre foi uma ferramenta que eu acreditei que me levaria ao meu objetivo profissional.

Fato é que eu ainda acredito, porém com um grande detalhe que vale a pena dizer…

Não da maneira que hoje é realizado.

Não sei se já percebeu, mas muitas empresas dizem que tem um plano de carreira, porém eu te pergunto para uma reflexão:

Para quem é esse plano de carreira?

Naturalmente, a grande maioria dirá que é para o funcionário, porém da maneira que hoje existe, eu me permito a dizer, que o plano de carreira são para as empresas e não para os funcionários.

Aqui explico, e vou detalhar o por que da minha opinião.

Os tempos passados.

Não é novidade para ninguém, que há 20 anos atrás, seria natural muitas pessoas trabalharem em 1 ou 2 empresas ao longo de suas carreiras de 35 anos.

Nesse ambiente, faz sentido você trabalhar em uma empresa que ajudava o funcionário a construir o modelo de plano de carreira que conhecemos…

Afinal havia uma expectativa que aquela pessoa passaria boa parte de sua vida contribuindo para aquela empresa.

Então, se a empresa e o funcionário tinham um acordo e construíssem uma rota que levaria os funcionários a um objetivo de carreira que fizesse sentido para o funcionário, e fosse possível para empresa, seria perfeito!

Ouso dizer que as empresas se preocupavam ainda mais com isso, pois os funcionários eram realmente ativos intangíveis da empresa, e caso houvesse uma falta de comprometimento de ambas as partes, a relação estaria impactada.

As relações eram outras.

E quando eu digo impactada, seria em relação a confiança de ambas as partes e colocarei um exemplo.

Imagine que o Senhor José, alinhou com seu gestor que em 5 anos, alcançaria a posição de Diretor de FP&A sendo que atualmente estava na posição de assistente financeiro.

O quão realista seria um plano de carreira desse?

Se o Senhor José trabalhasse horas e horas por dia com essa promessa, imagina o que aconteceria se depois de 5 anos, nem coordenador seria?

A rota poderia ser refeita? Poderia!

Mas a confiança do Senhor José, não seria a mesma e talvez o nível de motivação também não seria!

Gerando assim, um impacto direto na eficiência do senhor José.

Poderia ser normal uma mudança de emprego?

Em teoria sim, mas lembre-se que como comentei anteriormente, era comum pessoas trabalharem em apenas 1 ou 2 empresas em sua carreira.

O comprometimento mudou de lugar.

Diante do exemplo acima, concordam que o comprometimento em se ter um plano de carreira era muito maior?

Atualmente, não acredito que haja o mesmo comprometimento de ambas as partes por conta do contraste que vivemos.

É comum notarmos pessoas vivenciando ciclos de 2 a 3 anos em uma empresa e depois se movimentando para outra empresa (aqui é apenas uma constatação, não estou dizendo se é positivo ou negativo).

Diante de um cenário mais dinâmico, como as empresas conseguem construir um plano de carreira assertivo com o funcionário?

O que eu gostaria de saber quando comecei minha carreira.

Os planos de carreira acabam perdendo espaço para o famoso plano de metas.

E é por isso que aqui vou compartilhar ensinamentos valiosos que percebi na construção da minha carreira, coisas que gostaria de saber antes ou alguém ter me contado há 20 anos atrás.

1. Tenha um plano de carreira

Exatamente o que você leu!

Tenha um plano de carreira para você, porém com um detalhe, que ele funcione e seja factível, independentemente dos movimentos de empresa que realize.

Construa essa jornada de maneira que se torne um documento que VOCÊ possa compartilhar com os gestores que venha a trabalhar.

Não seria fantástico, dentro da entrevista de uma oportunidade, compartilhar seus objetivos do seu plano de carreira?

Isso geraria uma transparência com seu potencial gestor, além de ser positivo para que a empresa avalie se os seus objetivos estão alinhados com o dela!

Seria o famoso Ganha Ganha para as duas partes!

2. Você é o piloto da sua carreira

Me lembro exatamente de quando tive uma reunião face to face com o chefe do meu chefe que ficava nos Estados Unidos, para debater sobre minha carreira.

Até que em determinado momento eu perguntei para ele o que ele achava, e foi aí que ele fez um comentário que foi um grande divisor de águas para mim, pois ele me respondeu:

E pior, você será rebocado por um guincho que ficará apenas vendo a paisagem ao redor, vendo sua vida passar pelos seus olhos. Então seja o piloto da sua carreira sempre. Não delegue essa direção!

3. Seja um peregrino na sua carreira.

Sabe qual a diferença entre andarilho e peregrino?

O andarilho anda sem destino, ou seja, qualquer destino serve.

Já o peregrino…

Esse tem um objetivo e o caminho a seguir!

Por isso, é importante saber o que quer, para traçar o caminho a chegar.

Alguns dirão que ainda não sabem o que querem, e tudo bem, pois cada um tem o seu tempo. Mas pelo menos saiba o que você não quer! Pois já é um grande começo.

4. A Jornada é solitária

Saiba que a jornada da sua carreira é solitária ou muitas vezes compartilhada com você mesmo!

Porém nesse sentido, é melhor só, do que mau acompanhado que talvez possa te tirar da rota.

Por isso, escolha muito bem, com quem compartilhar ou pedir ajuda na construção da sua carreira.

Muitas pessoas pedem ajuda para pessoas quem não tem autoridade ou história de ter chegado em algum lugar, que o habilite a opinar qual caminho seguir.

Se você quiser a minha ajuda, eu posso olhar de perto o seu caso na Consultoria Individual.

5. Seu plano de carreira é mutável

Saiba que o plano de carreira é um norte para te guiar ao seu objetivo.

Ou seja, ele deve ser sempre revisto, reavaliado e ajustado quando necessário. Não caia na armadilha da imutabilidade.

Quando eu percebi o como essas lições eram importantes e consegui aplicar, a minha carreira começou a mudar de maneira exponencial.

E eu espero que aconteça o mesmo com você.

✅ Checklist: Coloque em prática

O que você pode fazer quando acabar essa carta para colocar as coisas em prática?

• Defina o que você QUER para sua carreira;

• Defina o que você NÃO QUER para sua carreira;

• Trace um plano para o longo prazo de onde quer chegar.